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conto| Espectro de Afetos

Conto erótico escrito por Willian Gabriel Munhoz @doverboluar

Ilustrações: Nathan Tuglia @b.e.e.p.16

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 Tentava explicar a um senhor de cinquenta anos que o produto que ele queria trocar não era vendido em nossa loja, que ficaríamos felizes em atendê-lo caso ele quisesse comprar algo, mas que não poderíamos receber aquela mercadoria em troca de outra. Parecia uma tarefa impossível e minha paciência já estava esgotando.

– Vocês são incompetentes, eu quero chamar a polícia. – ele resmungava.

– O senhor tem esse direito, mas vou pedir que faça isso em outro lugar, por que está interditando a fila. – pedi mais uma vez.

– Você não pode falar assim comigo, seu viado. – agora ele foi longe demais.

 Peguei o braço dele o mais gentil e firme que pude e o puxei pelos sete metros necessários até a porta. Durante o percurso, poderia dizer que houve uma resistência quase nula anexada a um par de olhos arregalados, mas o fato dele ter finalmente silenciado a boca, pra mim, já era uma vitória. Com um leve sacolejo o deixei na saída. 

– Agora o senhor pode relatar isto para polícia também, assim como sua homofobia. Quando quiser ser atendido neste estabelecimento, considere um pedido de desculpas… E inclusive, sexualidade não é ofensa. Passar bem.

 O resto da tarde seguiu quente e esquisito, com um clima fatigado de pura tensão. Era fim de mês e não tínhamos batido a meta, acaba que passar duas horas com vários clientes assistindo aquela situação toda, não ajudou muito.

 Quando deu quatro e meia, reuni o pessoal e dispensei. Fechamos mais cedo e fui para casa.

 Enquanto tirava o capacete na garagem, senti o cheiro de torta assando. Fiquei feliz que ao menos ali, eu teria outras memórias daquele dia, que seriam positivas e de afeto.

– Amor, cheguei. – anunciei, entrando pela sala

– Já vou, amor, tô terminando uma coisinha aqui – a voz dela respondeu da cozinha.

– Tudo bem, vou tomar um banho.

 A água quente e aquele sabonete vegano realmente fizeram uma diferença quase milagrosa, lavando o suor e toda aquela carga nojenta de mais cedo. Aproveitei a espuma de erva doce para me masturbar no chuveiro e foi quando minha namorada apareceu na porta do banheiro.

– Começou sem mim, é? – perguntou.

– Ah… Oi, quer entrar aqui?

– Não, pode terminar, só vim avisar que a comida tá pronta… Depois fazemos algo nós dois.

– Ok, mozão, já já eu vou… Ou você pode ficar aí e dançar pra mim…

– Rá-rá. Depois eu danço, princeso, lava tudo direitinho. – ela terminou apontando pro meu pau e saiu com uma risadinha.

 Jantamos a torta de espinafre e estava simplesmente perfeita. E foi o que eu disse a ela, enquanto agradecia, assim como sua companhia e o suco de acerola. Quando terminamos, lavei a louça e deitei com ela no sofá para vermos TV. Acordei babando na almofada, perto das dez, com ela dormindo no meu peito e babando na minha camiseta.

– Lara… vamos pra cama?

 Cambaleamos juntos até o quarto, escovamos os dentes, fizemos xixi e deitamos. Acho que em menos de quinze minutos já havíamos dormido outra vez.

 Perto das três da manhã, despertei com cabelos castanhos na boca, fazendo cócegas no meu nariz. O cheiro de coco e de sua nuca. Meu pau duro nas costas dela.

– Lara? Amor?

  Ela se mexeu um pouco.

– O que foi? – perguntou.

– Tá afim?

 Ela se virou pra mim, os olhos verdes se abrindo maiores, como flores desabrochando, sorriu, colocou a mão dentro da minha cueca e começou a me beijar. Aproximei meu corpo do dela, sentindo os seios se amassarem no meu tórax. Fui beijando sua boca, pescoço, orelha… respirando o cabelo dela como se degustasse a primavera inteira. E desci minha mão pela barriga, juntando minhas dobras com as dela até atravessar a calcinha e visitar sua vagina.

 Quando meus dedos já estavam encharcados, meu pau babando e nós dois arfávamos, abaixei o tecido de renda pelas coxas dela e fiquei pelado também. Virei sua barriga pra cima e mordisquei cada pedaço, enquanto ela acariciava minha cabeça e arranhava meus ombros. Cheguei perto da virilha com beijos mais suaves e percorri até o centro das pernas, colando meus lábios nos dela bem devagar.

Ilustração por @b.e.e.p.16

 O suco escorreu na beirada da boca, e demorei, como quem opera uma máquina complexa e eficiente e me deixei ser guiado também, como quem aprende. Ela gemia como se fosse parir, como se fosse rugir – e às vezes, eu juro, rugia. Os pelinhos eriçados se misturavam no meu bigode e todo o líquido fazia a gente se grudar feito velcro improvisado.

 Ela apertou minha cabeça com as pernas e tirou meu fôlego por alguns instantes e depois me libertou e puxou pelos braços para me beijar pelo rosto todo. Ficamos nos namorando como pré adolescentes, olhando um pra cara do outro e dando “beijicos” de açúcar.

– Posso pegar a cinta? – ela sugeriu.

– Pode sim, amor.

 

Ilustração @b.e.e.p.16

Enquanto ela se levantou e foi até o armário buscar, estiquei o braço até a gaveta ao lado da cama e peguei um lubrificante. Abri a tampa, despejei um pouco na mão e comecei a espalhar no meu cu. Ela se deitou atrás de mim, com a cinta já vestida, respirou fundo e me penetrou.

Ilustração por @b.e.e.p.16

Conforme ela entrava, abraçava minhas costelas mais forte e eu quem gemia descontroladamente agora. Debati os meus pés, que foram amparados pelos dela, e sussurrei todos os meus amores através da saliva.

 Ela me comeu até nascer o dia e voltamos a dormir, combinando que o café da manhã, eu que faria.

Ilustração @b.e.e.p.16

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